Sabe quando parece que seu mundo está prestes a acabar? Que tudo que você deseja é de um colo pra deitar? É assim que eu me encontro uns cinco dias na semana. Os outros dois eu estou completamente em desespero. Tudo bem, não é bem assim. Talvez uns 5% melhor. Eu acho. Mas pensando com a parte do meu cérebro que me leva aos meus atos impulsivos, seria 94% pior. É, eu faço coisas sem pensar, eu falo, grito, brigo, faço, vivo coisas sem pensar. Acho é por isso que minha semana é tão tranquila. Ok, ok. Vamos ao que interessa. Aliás, o que interessa? Boa pergunta, onde está a resposta? Outra boa pergunta. Acho que o que realmente importa aqui são as palavras que nos acalmam. Aquelas que depois de toda briga te fazem chorar e te dão vontade de morrer. De felicidade nesse caso. Ou o que importa é não se importar com nada. Brigar, quebrar, gritar, fazer tudo que seu impulso pedir. E depois que sua casa estiver aos pedaços, suas roupas rasgadas em cima da cama, sua voz rouca, seus olhos inchados, e sua raiva ter passado, vai vir o que importa. Na verdade não sei bem o que você poderá encontrar. Em alguns casos, talvez encontre a policia, bombeiros, algo assim. Mas calma, controle-se. O máximo que vai importar se chegar a esse ponto serão suas companheiras de cela. Lembre-se, isso não será muito bom. O que você realmente vai dar valor depois de tudo isso, vão ser os braços que te acolherão, as mãos que farão o melhor carinho e o sorriso do seu rosto. Então acalme-se, tudo vai ficar bem.
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